sábado, 21 de outubro de 2023

O Valor Sutil do Tempo e da Confiança

 


A confiança que depositamos nas pessoas é mais do que um simples gesto; é o fio invisível que entrelaça as almas e constrói as pontes das relações humanas. Quando confiamos, damos um salto de fé, entregando uma parte preciosa de nós mesmos, ansiando por uma conexão genuína e verdadeira. Essa entrega, em sua essência mais pura, é um teste de força e determinação, moldada e refinada pelo tempo.

O tempo, por sua vez, é o grande revelador. Ele desvenda a profundidade do nosso comprometimento e a sinceridade das nossas intenções. É verdade que, às vezes, descobrimos que nossos sentimentos não encontraram um terreno propício para florescer. Nessas horas, a desilusão pode parecer um golpe, cortante e profundo. No entanto, em cada desafio, há uma lição. A realidade, por mais dura que seja, é uma mestra que nos ensina a valorizar cada momento e a entender que, uma vez vivido, o tempo não volta.

Mas aí reside a beleza do recomeço. Cada desilusão é também uma oportunidade de crescer, de aprender e de se fortalecer. O tempo, com sua sabedoria silenciosa, traz cura e renovação. Ele nos oferece a chance de ver o mundo com novos olhos, de reconstruir e, acima de tudo, de continuar acreditando na bondade das pessoas e em nosso próprio valor. Por isso, quando alguém deposita sua confiança em você, reconheça esse gesto pelo que ele realmente é: um presente precioso. Cuide dessa confiança, valorize-a e honre-a, pois é um dos mais belos presentes que alguém pode oferecer.


Por  Elis Leitão :)


segunda-feira, 15 de novembro de 2021





Ao longo da jornada, descobrimos que a verdadeira felicidade não está em sorrir constantemente, mas em se encontrar e se orgulhar da resiliência diante das adversidades. Ser feliz é reconhecer que, mesmo nos dias mais escuros, temos a chance de renascer, de olhar com gratidão e aproveitar as dádivas que a vida nos oferece.

Ser feliz é sentir, em cada desafio superado, a mão de Deus nos guiando e nos amparando, mostrando que cada queda é apenas uma oportunidade para nos levantarmos mais fortes.

O tempo, em sua sabedoria, revela as bênçãos diárias e ensina-nos a valorizá-las. Cada novo dia é um presente, uma chance de ver e agradecer pelas maravilhas que nos cercam.

Que possamos, todos os dias, abraçar essa jornada com gratidão e determinação, reconhecendo a beleza de cada momento.

 

By Elis Leitão

 

 

 

 


quinta-feira, 5 de abril de 2018

Psicologia

Somos culpados, mas de quê?

Pesquisa mostra que a culpa mais dolorosa é o lamento por não agirmos conforme nossos desejos.

A melhor polícia do mundo não conseguiria manter a ordem se respeitássemos as leis apenas por medo da punição. A sociedade funciona (mais ou menos) porque infrações e crimes despertam, não só a atenção de autoridades, como a PM e a PF, mas também nossa consciência: a perspectiva do arrependimento nos inibe.

Freud percebeu que, frequentemente, nos culpamos mais do que deveríamos: vemos crimes onde não existem, julgamos nossas meras intenções e sonhos como transgressões e nos punimos para aliviar a culpa que sentimos. Até os anos 60, o sentimento de culpa era majoritariamente percebido como arrependimento por desrespeitar uma norma ou autoridade.

No seu seminário (um tanto críptico) de 1959-60 ("A Ética da Psicanálise", Zahar), o psicanalista francês Jacques Lacan propôs uma visão diferente: a culpa mais profunda e mais dolorosa surgiria não por termos desobedecido a uma norma, mas por termos negligenciado nossos próprios desejos, por não termos agido como queríamos. É lógico que lamentemos, de forma mais amarga, as oportunidades perdidas.

O sentimento de culpa é quase onipresente, enquanto as transgressões reais são raras. Logo, a culpa que frequentemente nos atormenta deriva mais de nossa inação do que de nossas ações impulsivas.

No ano passado, Ran Kivetz e Anat Keinan publicaram uma pesquisa que confirma essa perspectiva ("Hipermetropia Pesarosa: uma Análise dos Arrependimentos do Autocontrole", "Journal of Consumer Research", vol. 33, setembro 2006). Eles confirmaram que: 1) todos nós reprovamos decisões que visam apenas prazer imediato sem considerar as consequências futuras; 2) mas, a longo prazo, o que prevalece é o arrependimento por não agirmos conforme nossos impulsos ou desejos.

Na visão de Kivetz e Keinan, embora saibamos que nossos impulsos possam ser imediatistas, frequentemente agimos pensando nas consequências a longo prazo. Entretanto, com o tempo, lamentamos as oportunidades de satisfação imediata que deixamos passar.

Os autores sugerem que, ao refletirmos sobre nossas vidas, lamentamos mais as coisas que queríamos fazer e não fizemos do que as ações "sábias" que evitamos. O arrependimento por não seguir nossos desejos ressoa mais forte e por mais tempo do que o arrependimento por ter agido impulsivamente.

Para entender o impacto dessa pesquisa, não pense apenas em pequenas indulgências, como comer uma segunda fatia de bolo, mas em decisões maiores da sua vida: uma carreira da qual você desistiu ou um amor que escondeu. A longo prazo, essas renúncias doem mais do que a culpa que sentiríamos por seguir nossos verdadeiros desejos, mesmo que contrários às expectativas sociais.

 

Referência:

CALLIGARIS, Contardo. "Somos culpados, mas de quê?". [S.l.], [Data da publicação (se disponível)]


domingo, 10 de julho de 2016

Anjos Curadores: Conexões Sutis do Cotidiano


        

 

Certo dia, eu estava lendo a página de um amigo quando me deparei com uma imagem particular. Ao observá-la, percebi que estava carregada de sensibilidade e sabedoria, o que me levou a uma reflexão: "Ele está consertando corações". E me questionei: Quantos consertadores de corações temos espalhados pelo mundo? Ou melhor, quantos anjos curadores de corações existem?

Observando nosso cotidiano, concluí que somos diariamente bombardeados por notícias que entristecem e adoecem nossos corações: violência, injustiça, maldades diversas. As boas notícias, que poderiam tocar nossos corações de maneira doce e sutil, agindo como um *lenitivo para a alma, são raramente destacadas. Mas, embora pouco noticiadas, elas estão presentes todos os dias. São atitudes de pessoas bondosas, que nomeei carinhosamente de "anjos curadores".

Quem seriam esses anjos curadores? Seres celestiais? Muitas vezes, estão bem ao nosso lado: familiares, amigos ou até mesmo desconhecidos que cruzam nosso caminho e nos presenteiam com gestos ou palavras que melhoram nosso dia. Pessoas repletas de amor, iluminadas, que talvez não sejam seres celestiais, mas são certamente dotadas de uma sabedoria divina e uma sensibilidade profunda.

Independentemente das adversidades - decepções, raiva, rancor, ódio, mau-humor, solidão -, acredite que seu anjo curador estará ao seu lado, protegendo seu nobre coração de sentimentos ruins. Estes anjos aplicam doses de amor, carinho e atenção a corações antes feridos, com uma paciência e dedicação inigualáveis.

Esses curadores têm sempre o remédio certo para cada ferida, e seu auxílio nos envolve com uma calma inexplicável. Com eles, nos sentimos novamente capazes, inteligentes, belos e fortes. São seres, conhecidos ou não, que muitas vezes escondem suas próprias dores para nos ajudar, oferecendo solidariedade e amor.

 

Essa imagem me fez reconhecer os muitos anjos curadores que já passaram por minha vida, e me levou a questionar: quem de nós não tivemos tais pessoas ao seu lado? Quantas vezes nós mesmos fomos um anjo curador para alguém?

Nessa troca de gentilezas e carinhos, fortalecemos cada elo da corrente do bem. Todos nós, em algum momento, somos anjos curadores para alguém e somos também curados por outro. Muitas vezes, aplicamos pequenas doses homeopáticas de carinho e atenção, sem sequer perceber todas às vezes que também fomos tratados. O que importa é a observação da beleza que nos rodeia e que, frequentemente, deixamos passar despercebida.

Registro aqui minha gratidão aos inúmeros anjos curadores que se preocupam em dar alento a quem precisa. Em um mundo cheio de dor, vocês são os propagadores do amor. Acredito que o amor é a chave para um mundo melhor. Tenho fé em dias melhores, desde que cada um de nós semeie o bem. Assim, no futuro, talvez tenhamos um lindo jardim povoado por corações inteiros, que não sofreram os estragos de um mundo desprovido de amor.

 

By Elis Leitão

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*lenitivo: algo que abranda, ameniza ou acalma; causa alívio e/ou tranquiliza; calmante.




quinta-feira, 23 de julho de 2015

Amor

O amor tem muitas faces e manifestações, mas sua essência permanece pura e constante. Seja ele expresso através de um abraço apertado, um olhar compreensivo, ou palavras afetuosas, é sempre poderoso e transformador.

Nenhum dicionário pode verdadeiramente definir o amor, pois sua magnitude está além das palavras. O que sabemos é que amar e ser amado é uma das experiências mais preciosas da vida.

Quer seja o amor de mãe, pai, filho, amigo, irmão, alma gêmea, namorado(a), marido ou esposa — celebre-o. Declare seu amor, viva-o plenamente, e deixe que ele te guie na jornada para a verdadeira felicidade.

 

By Elis Leitão

O Valor Sutil do Tempo e da Confiança

  A confiança que depositamos nas pessoas é mais do que um simples gesto; é o fio invisível que entrelaça as almas e constrói as pontes das ...